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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Vídeo mostra o que está por trás da reforma do Código Florestal

01 Março 2012  |  54 Comments
“De onde vem a força do agronegócio?” mostra, de maneira didática, quem ganha e quem perde na estruturação e financiamento do agronegócio brasileiro. O vídeo foi lançado na quarta-feira (29/2) durante café-da-manhã da Frente Parlamentar Ambientalista, na Câmara dos Deputados.

Baseado em análise das pesquisadoras Regina Araujo, doutora em geografia pela universidade de São Paulo, e Paula Watson, também formada em geografia pela USP, o vídeo é a expressão gráfica da análise textual. Confira a produção apoiada pelo WWF-Brasil abaixo.

Texto e vídeo mostram que o Brasil é o segundo maior exportador individual de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, ambos com a produção apoiada na monocultura “Nossas leis ambientais estão em construção desde a década de 1930, e até agora não provocaram nenhum impedimento ao espantoso crescimento do agronegócio”, lembram as pesquisadoras.

“Grandes agricultores querem fazer a sociedade crer que a produção agrícola brasileira, entre as potências agrícolas, fazem do agronegócio o porto- seguro da economia brasileira.  No entanto nosso modelo agrícola não é ambientalmente sustentável, não favorece a sociedade, a agricultura familiar e colocará  em risco grande parte da biodiversidade , risco que hoje é controlado pela legislação ambiental brasileira. Daí o interesse em alterar o Código Florestal e favorecer ainda mais o grande agricultor”, mostra a animação.

A disseminação do vídeo ao maior número de pessoas tornará possível a reflexão e maior compreensão sobre o que está em jogo na reforma do Código Florestal Brasileiro e porque essa reforma é tão prejudicial à sociedade como um todo.

Ajude-nos a divulgar o vídeo por meio de blogs, link em seus perfis das redes sociais, ou mesmo conversando sobre o assunto em casa, no trabalho e com amigos.


Antes restrita à área rural, a horticultura pode ser uma alternativa sustentável para atender as necessidades de consumo e renda nas cidades. Foto: Jerry Miner (GlobalHort)
O rápido processo de urbanização do Senegal reduziu as áreas disponíveis para o plantio de alimentos na capital (Dakar) e no entorno. Como consequência, houve o fortalecimento da agricultura urbana local, não só para atender às necessidades de consumo da população local, como também para gerar empregos.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), através do Programa de Horticultura Urbana e Periurbana, ajudou a introduzir micro-hortas em zonas de baixa renda de Dakar em parceria com o governo senegalês. O projeto introduziu novas tecnologias e inovação na agricultura urbana local, e em 2008 ganhou o Prêmio Dubai da ONU-HABITAT de Boas Práticas para Melhorar as Condições de Vida.

Um dos objetivos dessa iniciativa é facilitar o acesso das populações carentes à terra. O programa da FAO mobiliza recursos humanos para administração e pesquisa agrícola; promove a reutilização de resíduos agrícolas, como cascas de amendoim e arroz; e, como se trata de um programa com apoio governamental, é adotado por todas as categorias sociais, independente de idade e gênero. Mais de 4.000 famílias foram treinadas para trabalhar com hortas urbanas em Dakar e nas cidades próximas.

O programa também visa ajudar a criar cidades mais verdes, que podem enfrentar melhor os desafios sociais e ambientais, desde o melhoramento das favelas e a gestão dos resíduos urbanos até a criação de empregos e o desenvolvimento comunitário.

Além disso, há a redução da complexidade e da extensão da cadeia de abastecimento de produtos, o que faz com que o alimento que chega à mesa do consumidor seja mais fresco e sustentável do que se viesse de outras partes do país, além de melhorar o acesso econômico dos pobres aos alimentos, pois a produção familiar de frutas e hortaliças faz com que os produtores locais obtenham renda com as vendas.

Embora haja escassez de terra na cidade no país africano, o cultivo é realizado em grande parte nos terraços e lajes das casas locais, o que garante que o plantio de hortaliças possa ser feito em qualquer época do ano, mesmo nas condições semidesérticas locais.

Há que se atentar ao problema da água na agricultura urbana. De acordo com relatório da FAO, o uso de águas residuais na horticultura é muito problemático, pois os patógenos nas hortaliças cultivadas com águas residuais não tratadas podem causar diversas doenças gastrintestinais - dentre elas, a cólera. No entanto, se as águas residuais de fontes domésticas forem tratadas adequadamente para reutilização agrícola, podem fornecer a maior parte dos nutrientes necessários para cultivar árvores frutíferas, hortaliças e plantas ornamentais. Para diminuir o risco de contaminação, a FAO auxilia na capacitação dos  horticultores para o manuseio seguro de águas residuais e seleção de lavouras adequadas.

O impacto positivo da horticultura urbana é notado em cidades do mundo inteiro, principalmente para crianças, jovens e mulheres. No Senegal, os participantes do programa de micro-hortas destacam o benefício do intercâmbio social, especialmente entre donas-de-casa, que antes se viam restritas ao núcleo familiar.

Para a FAO, a horticultura urbana e periurbana é muito importante para implementar melhorias sociais em favelas e bairros de famílias com baixo poder aquisitivo. Além de renda e alimentos, os pomares e hortas são um ambiente saudável, que oferece conexão com a natureza.