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terça-feira, 12 de junho de 2012



 Alunos da Escola particular Cecri do B. São José visitou a Nascente Bela Vista nesta Terça feira 11/06, o Presidente da ANBV Geraldo de Oliveira acompanhou esta visita e falou para os alunos do trabalho da Associação Nascentes Bela Vista que é, lutar em defesa  de nossas nascentes de Água e que ainda a tempo de salvar nosso planeta,

Educação Ambiental nas Escolas é lei municipal em Divinópolis.
















RESUMO

A educação ambiental, nas suas diversas possibilidades, abre um estimulante espaço para repensar as práticas sociais. Nesse sentido, torna-se fundamental que os professores possam mediar e transmitir um conhecimento suficiente para que os alunos tenham a possibilidade de adquirir uma base adequada de compreensão do meio ambiente global e local. Este trabalho buscou investigar as concepções didático-pedagógicas, vivências e obstáculos encontrados por professores do ensino médio em relação à educação ambiental. Do ponto de vista metodológico, o estudo realizado insere-se numa perspectiva quali-quantitativa de investigação. Os elementos essenciais constitutivos desta investigação, a saber, a prática do professor e seus conhecimentos e aplicações sobre educação ambiental caracterizaram-se pelas convergências obtidas a partir de análises feitas sobre os discursos de professores em uma escola pública e uma particular, no município de Arcos, Minas Gerais. Os resultados demonstram que, de um modo geral, os professores não estão habilitados para trabalhar a educação ambiental ou ainda não se sentem preparados para desenvolver o tema, uma vez que a grande maioria deles não possui conhecimento e preparação específica. Aliado a isso, o estudo identificou que as dificuldades apresentadas pelos professores para implementação da educação ambiental nas escolas possivelmente são causa e conseqüência de bases oriundas de uma educação escolar tradicional, assim como da falta de interesse por parte dos docentes em questão.

Palavras-chave: Educação Escolar. Meio Ambiente. PCN’s. Transdisciplinaridade.

INTRODUÇÃO

O mito do desenvolvimento social, cultural, econômico, educacional e político através da exploração da natureza foram fortificados por uma complexa transformação humana. Essa transformação intensificou as mais diversas formas de produção e exploração por parte do homem, gerando efeitos, muitas vezes, irreversíveis à natureza. Tais efeitos atualmente geram questionamentos quanto ao futuro do planeta e, principalmente, dos humanos, uma vez que tem se percebido na atualidade grandes alterações climáticas, sendo a maior parte delas decorrentes do descaso humano ao ambiente.
Essa problemática nos alerta para os diversos modos que a sociedade humana tem se relacionado com o meio construído (humano) e o não-construído (natural). Autores como Ribeiro (1998); Raynaut; Lana; Zanoni (2000); Medina (2001); Ruscheinky (2002); Guattari (2006) discutem incessantemente sobre formas de alterar a consciência da população e assim, modificar o olhar da cultura capitalista que permanece ativa em toda sociedade.
Uma forma de transformar a realidade atual é incorporar à educação tradicional sistemas que permitam trabalhar de forma multidisciplinar o conhecimento. Esse conhecimento propicia a formação de cidadãos suficientemente informados, conscientes e preparados para modificar o presente, para que as questões ambientais possam ser não apenas discutidas, mas para que se busquem soluções para as mesmas (LUCATTO; TALAMONI, 2007).
Nesse sentido, a educação fornecida no âmbito escolar apresenta-se como uma possibilidade dos seres humanos de apropriar-se de conhecimentos produzidos ao longo do tempo, buscando assim valores que possam contribuir para o desenvolvimento e melhoria do modo de viver. Dessa forma, é possível perceber que a educação ambiental surge como obrigação legal, ética e moral da escola, uma vez que a atualidade pede mudanças profundas de valores e comportamentos humanos. Nesse contexto, buscar alternativas de sustentabilidade nas relações entre a humanidade e a natureza saudável e equilibrada torna-se um desafio diário de todos os seres humanos interessados no meio ambiente.
Com este intuito, a educação ambiental assume cada vez mais uma função transformadora, na qual a co-responsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo modelo de desenvolvimento, chamado por muitos de desenvolvimento sustentável. Entende-se, portanto, que a educação ambiental constitui uma das condições necessárias para modificar o quadro de crescente degradação sócio-ambiental, com ênfase em um modelo educacional que vise equacionar o relacionamento entre homem e natureza. Dessa forma, a inserção desse tema na escola representa uma possibilidade de orientar aos alunos em um caminho que venha a transformar as diversas formas de participação social em possíveis fatores de dinamização que permitam melhor interação entre escola e comunidade.
Assim sendo, a educação ambiental, nas suas diversas possibilidades, abre um estimulante espaço para repensar práticas sociais. É papel dos professores mediar e transmitir um conhecimento suficiente para que os alunos tenham a possibilidade de adquirir uma base adequada de compreensão do meio ambiente global e local, impulsionando transformações de um modelo educacional que assuma um compromisso com a formação de valores visando a sustentabilidade como parte essencial de um processo coletivo. Tal percepção possibilitaria uma visão mais ampla da interdependência dos problemas e soluções relacionados ao meio em que vivemos, superando o reducionismo e estimulando o pensamento voltado para um meio ambiente diretamente vinculado ao diálogo entre saberes.
Entretanto, a implementação da educação ambiental nas escolas tem se deparado com alguns obstáculos, como a adequação do currículo na preparação dos docentes. A práxis pedagógica demonstra que ainda há uma hegemonia tradicionalista, cujo pragmatismo geralmente não permite uma contextualização dos temas e conteúdos. De forma semelhante, geralmente não há incentivo a novas descobertas, transformando a educação em um mero ato de depositar, no qual os educandos são depositários e o educador depositante (CORTELLA, 2004). Em adição, Freire (1987) afirma que essa forma tradicionalista de pensar e praticar a educação impossibilita a reflexão, geradora de transformação.
Por conseguinte, há ainda a necessidade da implantação de metodologias inovadoras e abrangentes, que possibilitem a inserção da Educação Ambiental de forma a contemplar o currículo das escolas de forma pedagógica. Tal assertiva está estabelecida pela Política Nacional de Educação Ambiental, Lei 9.795/99, em seu artigo 11°, quando afirma que a dimensão ambiental deve constar nos currículos de formação dos professores, em todos os níveis e todas as disciplinas (BRASIL, 1999). Dessa forma, além de atender as necessidades de novos conhecimentos, valores e competências dos educandos, as escolas devem colocar em foco, no currículo, a dimensão ambiental de forma articulada e interdisciplinar. Assim, as escolas de formação inicial devem se adequar ao novo quadro do ensino fundamental, cuja proposta está pautada nos PCN’s, que objetivam estimular os indivíduos a enfrentar o mundo atual como cidadãos participativos, críticos e profundos conhecedores de seus direitos e deveres (BRASIL, 1997).
Graça; Campos (2009, s/n) vão mais longe ao afirmar que:

A realidade da educação em nosso país ainda não é a que sonhamos graves problemas ainda impedem um bom desempenho escolar e resultados positivos do sistema de ensino. Esses empecilhos repercutem no próprio desenvolvimento brasileiro, porém não podemos esquecer que os danos ambientais aumentam assustadoramente, em conseqüência da ausência de cuidados e do descaso provenientes da ação humana.

Tendo em vista esta discussão, infere-se que os professores devam ser veículos de comunicação e conhecimento, de forma a conduzir o estudante na conscientização da importância de pensamento e ação voltados para a sustentabilidade, implementando, assim, uma integralização dos discentes com o meio em que vivem. Neste contexto, este estudo constou de uma investigação sobre os conhecimentos, vivências e obstáculos encontrados pelos professores sobre o seu cotidiano escolar, tendo como tema principal a educação ambiental.

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