Alunos da Escola particular Cecri do B. São José visitou a Nascente Bela Vista nesta Terça feira 11/06, o Presidente da ANBV Geraldo de Oliveira acompanhou esta visita e falou para os alunos do trabalho da Associação Nascentes Bela Vista que é, lutar em defesa de nossas nascentes de Água e que ainda a tempo de salvar nosso planeta,
Educação Ambiental nas Escolas é lei municipal em Divinópolis.
RESUMO
A educação ambiental, nas suas
diversas possibilidades, abre um estimulante espaço para repensar as
práticas sociais. Nesse sentido, torna-se fundamental que os
professores possam mediar e transmitir um conhecimento suficiente
para que os alunos tenham a possibilidade de adquirir uma base
adequada de compreensão do meio ambiente global e local. Este
trabalho buscou investigar as concepções didático-pedagógicas,
vivências e obstáculos encontrados por professores do ensino médio
em relação à educação ambiental. Do ponto de vista metodológico,
o estudo realizado insere-se numa perspectiva quali-quantitativa de
investigação. Os elementos essenciais constitutivos desta
investigação, a saber, a prática do professor e seus conhecimentos
e aplicações sobre educação ambiental caracterizaram-se pelas
convergências obtidas a partir de análises feitas sobre os
discursos de professores em uma escola pública e uma particular, no
município de Arcos, Minas Gerais. Os resultados demonstram que, de
um modo geral, os
professores não estão habilitados para trabalhar a educação
ambiental ou ainda não se sentem preparados para desenvolver o tema,
uma vez que a grande maioria deles não possui conhecimento e
preparação específica. Aliado a isso, o estudo identificou que as
dificuldades apresentadas pelos professores para implementação da
educação ambiental nas escolas possivelmente são causa e
conseqüência de bases oriundas de uma educação escolar
tradicional, assim como da falta de interesse por parte dos docentes
em questão.
Palavras-chave:
Educação Escolar. Meio Ambiente. PCN’s. Transdisciplinaridade.
INTRODUÇÃO
O mito do desenvolvimento social,
cultural, econômico, educacional e político através da exploração
da natureza foram fortificados por uma complexa transformação
humana. Essa transformação intensificou as mais diversas formas de
produção e exploração por parte do homem, gerando efeitos, muitas
vezes, irreversíveis à natureza. Tais efeitos atualmente geram
questionamentos quanto ao futuro do planeta e, principalmente, dos
humanos, uma vez que tem se percebido na atualidade grandes
alterações climáticas, sendo a maior parte delas decorrentes do
descaso humano ao ambiente.
Essa problemática nos alerta para os
diversos modos que a sociedade humana tem se relacionado com o meio
construído (humano) e o não-construído (natural). Autores como
Ribeiro (1998); Raynaut; Lana; Zanoni (2000); Medina (2001);
Ruscheinky (2002); Guattari (2006) discutem incessantemente sobre
formas de alterar a consciência da população e assim, modificar o
olhar da cultura capitalista que permanece ativa em toda sociedade.
Uma forma de transformar a realidade
atual é incorporar à educação tradicional sistemas que permitam
trabalhar de forma multidisciplinar o conhecimento. Esse conhecimento
propicia a formação de cidadãos suficientemente informados,
conscientes e preparados para modificar o presente, para que as
questões ambientais possam ser não apenas discutidas, mas para que
se busquem soluções para as mesmas (LUCATTO; TALAMONI, 2007).
Nesse sentido, a educação fornecida
no âmbito escolar apresenta-se como uma possibilidade dos seres
humanos de apropriar-se de conhecimentos produzidos ao longo do
tempo, buscando assim valores que possam contribuir para o
desenvolvimento e melhoria do modo de viver. Dessa forma, é possível
perceber que a educação ambiental surge como obrigação legal,
ética e moral da escola, uma vez que a atualidade pede mudanças
profundas de valores e comportamentos humanos. Nesse contexto, buscar
alternativas de sustentabilidade nas relações entre a humanidade e
a natureza saudável e equilibrada torna-se um desafio diário de
todos os seres humanos interessados no meio ambiente.
Com este intuito, a educação
ambiental assume cada vez mais uma função transformadora, na qual a
co-responsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial
para promover um novo modelo de desenvolvimento, chamado por muitos
de desenvolvimento sustentável. Entende-se, portanto, que a educação
ambiental constitui uma das condições necessárias para modificar o
quadro de crescente degradação sócio-ambiental, com ênfase em um
modelo educacional que vise equacionar o relacionamento entre homem e
natureza. Dessa forma, a inserção desse tema na escola representa
uma possibilidade de orientar aos alunos em um caminho que venha a
transformar as diversas formas de participação social em possíveis
fatores de dinamização que permitam melhor interação entre escola
e comunidade.
Assim sendo, a educação ambiental,
nas suas diversas possibilidades, abre um estimulante espaço para
repensar práticas sociais. É papel dos professores mediar e
transmitir um conhecimento suficiente para que os alunos tenham a
possibilidade de adquirir uma base adequada de compreensão do meio
ambiente global e local, impulsionando transformações de um modelo
educacional que assuma um compromisso com a formação de valores
visando a sustentabilidade como parte essencial de um processo
coletivo. Tal percepção possibilitaria uma visão mais ampla da
interdependência dos problemas e soluções relacionados ao meio em
que vivemos, superando o reducionismo e estimulando o pensamento
voltado para um meio ambiente diretamente vinculado ao diálogo entre
saberes.
Entretanto, a implementação da
educação ambiental nas escolas tem se deparado com alguns
obstáculos, como a adequação do currículo na preparação dos
docentes. A práxis pedagógica demonstra que ainda há uma hegemonia
tradicionalista, cujo pragmatismo geralmente não permite uma
contextualização dos temas e conteúdos. De forma semelhante,
geralmente não há incentivo a novas descobertas, transformando a
educação em um mero ato de depositar, no qual os educandos são
depositários e o educador depositante (CORTELLA, 2004). Em adição,
Freire (1987) afirma que essa forma tradicionalista de pensar e
praticar a educação impossibilita a reflexão, geradora de
transformação.
Por conseguinte, há ainda a
necessidade da implantação de metodologias inovadoras e
abrangentes, que possibilitem a inserção da Educação Ambiental de
forma a contemplar o currículo das escolas de forma pedagógica. Tal
assertiva está estabelecida pela Política Nacional de Educação
Ambiental, Lei 9.795/99, em seu artigo 11°, quando afirma que a
dimensão ambiental deve constar nos currículos de formação dos
professores, em todos os níveis e todas as disciplinas (BRASIL,
1999). Dessa forma, além de atender as necessidades de novos
conhecimentos, valores e competências dos educandos, as escolas
devem colocar em foco, no currículo, a dimensão ambiental de forma
articulada e interdisciplinar. Assim, as escolas de formação
inicial devem se adequar ao novo quadro do ensino fundamental, cuja
proposta está pautada nos PCN’s, que objetivam estimular os
indivíduos a enfrentar o mundo atual como cidadãos participativos,
críticos e profundos conhecedores de seus direitos e deveres
(BRASIL, 1997).
Graça; Campos (2009, s/n) vão mais
longe ao afirmar que:
A realidade da educação
em nosso país ainda não é a que sonhamos graves problemas ainda
impedem um bom desempenho escolar e resultados positivos do sistema
de ensino. Esses empecilhos repercutem no próprio desenvolvimento
brasileiro, porém não podemos esquecer que os danos ambientais
aumentam assustadoramente, em conseqüência da ausência de cuidados
e do descaso provenientes da ação humana.
Tendo em vista
esta discussão,
infere-se que os professores devam ser veículos de comunicação e
conhecimento, de forma a conduzir o estudante na conscientização da
importância de pensamento e ação voltados para a sustentabilidade,
implementando, assim, uma integralização dos discentes com o meio
em que vivem. Neste contexto,
este estudo constou de uma investigação sobre os conhecimentos,
vivências e obstáculos encontrados pelos professores sobre o seu
cotidiano escolar, tendo como tema principal a educação ambiental.
Leia mais acesse: Educação ambiental no ensino médio: conhecimentos, vivências e
eu bebi a agua da nascente
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