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Olá presidente da ANBV Geraldo de Oliveira,
O governo federal anunciou, nesta terça-feira, a menor taxa de desmatamento já registrada na Amazônia: 4,6 mil
quilômetros quadrados. Com ele, este é o quarto ano consecutivo de redução de uma taxa que há alguns anos já bateu
os 27 mil quilômetros quadrados.
Essa queda deixa claras duas coisas: o fim do desmatamento não só é necessário como perfeitamente possível.
E só chegamos a ele por conta da pressão que eu, você e boa parte da sociedade fazemos sobre governos e empresas.
Bom exemplo disso é o projeto de lei de iniciativa popular do desmatamento zero.
Em poucos meses, mais de 640 mil pessoas já assinaram embaixo da proposta que quer zerar a destruição nas nossas florestas.
É uma lei feita pelo povo e para o povo brasileiro.Assine a petição pelo Desmatamento Zero.
Precisamos do maior número possível de assinaturas para levar o projeto ao Congresso.
http://ligadasflorestas.org.br/
Um abraço,
Marcio Astrini
Coordenador da Campanha da Amazônia
Greenpeace
27/11/2012 11h47- Atualizado em 27/11/2012 19h46
Desmatamento na Amazônia Legal é o menor já registrado, diz governo
Floresta perdeu 4.656 km² entre agosto de 2011 e julho de 2012.
Número é 27% menor que o do ano anterior, informa ministério.
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De acordo com dados do sistema conhecido como Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), entre agosto de 2011 e julho de 2012 houve o desmatamento de 4.656 km² de floresta, área equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade São Paulo.
O índice é 27% menor que o total registrado no período entre agosto de 2010 e julho de 2011 (6.418 km²). Foi a menor taxa desde que o instituto começou a fazer a medição, em 1988. “Arrisco a dizer que foi a única notícia ambiental positiva que o planeta teve esse ano”, disse a ministra.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante
entrevista nesta terça-feira, em Brasília
(Foto: Brenda Brandão/G1)
Segundo o governo, a margem de erro da estimativa é de 10% e os dados finais do levantamento devem ser divulgados no próximo ano.entrevista nesta terça-feira, em Brasília
(Foto: Brenda Brandão/G1)
Os dados do Prodes consolidam informações coletadas ao longo de um ano por satélites capazes de detectar regiões desmatadas a partir de 6,25 hectares. São computadas apenas áreas onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – característica denominada corte raso.
Desmatamento por estados
Dados do Inpe apontam que, no período avaliado, o Pará foi o estado que mais desmatou a Amazônia. Em um ano, foi responsável por devastar mais de um terço da área desmatada registrada pelo sistema Prodes (1.699 km²).
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Apesar de o Pará ainda liderar o desmate do bioma, Izabella Teixeira afirmou que houve uma queda significativa na degradação registrada na região. “O desmatamento caiu 44% em relação ao ano passado, o que nos deixa muito feliz. E a tendência é cair ainda mais".Mato Grosso foi o segundo estado que mais devastou a floresta (777 km²), seguido de Rondônia (761 km²), Amazonas (646 km²), Acre (308 km²) e Maranhão (267 km²). Completam a lista Roraima (114 km²), Tocantins (53 km²) e Amapá (31 km²).
Estados da Amazônia Legal | Desmate registrado (em km²) |
---|---|
Pará | 1.699 |
Mato Grosso | 777 |
Rondônia | 761 |
Amazonas | 646 |
Acre | 308 |
Maranhão | 267 |
Roraima | 114 |
Tocantins | 53 |
Amapá | 31 |
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), entre agosto de 2011 e julho de 2012 foram registrados 3.456 autos de infração na região da Amazônia Legal.
A ministra argumentou que o governo tem realizado ações, o que teria contribuído para a queda na taxa de devastação da Amazônia. "Há um equívoco em dizer que a União não vai intervir contra as práticas do desmatamento. Vamos pegar [as irregularidades] sim, de todo mundo" disse Izabella.
Ela disse ainda que ações ilegais na florestas têm sido realizadas com o uso de táticas de camuflagem. Segundo a ministra, tratores têm sido pintados de verde para que possam ser confundidos com a vegetação, impossibilitando que agentes encontrem os materiais.
Fiscalização eletrônica
O Ministério do Meio Ambiente informou que vai usar um sistema eletrônico para autos de infração, que será ligado a um banco de dados central. Segundo a ministra, a fiscalização, que deverá ser feita pelo Ibama, vai ser usada em todo o Brasil.
O sistema poderá ser utilizado para controle ambiental, combate a incêndios, licenciamento ambiental, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR), criado a partir do novo Código Florestal, e que concentra dados de todos os imóveis rurais do país, a partir de imagens de satélite.
O objetivo do novo sistema é evitar erros, que anulavam processos de infrações. Ele custará R$ 15,7 milhões e passará a ser utilizado a partir de janeiro de 2013. "Esperamos assim, coibir o crime ambiental de uma vez por todas", disse a ministra.
As informações foram divulgadas em coletiva realizada em Brasília, que contou ainda com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e o diretor do Inpe, Leonel Pedondi.
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Imagem aérea mostra desmatamento na Amazônia. Em um ano, perda da cobertura vegetal totalizou 4.656 km², segundo Inpe. (Foto: Divulgação/Toby Gardner/Science)
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